Dia Mundial da Conscientização sobre a Incontinência Urinária – 14 de março
A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina pela uretra. Pode ocorrer em qualquer idade e aflige tanto homens quanto mulheres. Há aumento de sua incidência com o progredir da idade sendo que 1/3 dos indivíduos na terceira idade se queixam desta patologia em diferentes intensidades.
As causas podem ser diversas como alterações da anatomia, do status hormonal, da inervação sensorial da bexiga, ou secundária a traumas (cirúrgicos ou acidentais).
O diagnóstico adequado da etiologia é o primeiro passo no caminho de um tratamento eficaz. A anamnese (entrevista médica) e os exames físicos minuciosos já permitem adoção de algumas medidas para minorar as perdas, porém exames complementares auxiliam de forma decisiva na escolha da terapia correta. Estes, como a ultrassonografia e o estudo urodinâmico, já estão disponíveis em nosso meio.
Os tratamentos incluem desde o correto disciplinar da ingestão de líquidos e das micções até os procedimentos cirúrgicos, porém o uso de medicamentos regulares e a fisioterapia pélvica assumiram, nos últimos anos, papel também fundamental no tratamento desta enfermidade.
Quais os tipos mais comuns de incontinência?
O tipo mais comum é a incontinência urinária de esforço, onde o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício ou movimenta-se. Existe também a incontinência urinaria de urgência, mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro. Há casos da mistura dos dois casos anteriores, chamada de incontinência mista, e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra. Para finalizar, a enurese noturna, que é a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
Quais as maiores causas da Incontinência Urinária?
São várias, mas o diagnóstico depende da avaliação do médico. Mas as causas mais comuns são:
- A Gravidez e parto;
- O comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
- Câncer, com tumores malignos e benignos;
- Doenças que comprimem a bexiga;
- Tosse crônica dos fumantes;
- Obesidade;
- Problemas com procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
- Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
- Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
Existe algo que pode provocar ou acelerar o aparecimento da incontinência urinária?
Sim, existe um grupo de risco, vou citar os mais comuns:
- Com a idade, pessoas com mais de 65 anos
- Infecção do trato urinário
- Obesidade
- Doença pulmonar crônica
- Uretrite (inflamação ou infecção na uretra)
- Gravidez ou parto
- Histerectomia ou cirurgia uretral prévia.
- Prolapso da pelve
- Depressão
- Demência, incluindo doença de Alzheimer
- Menopausa
- Diabetes
- Esclerose múltipla
- Lesões ou doenças da medula espinhal
- Uso de certos medicamentos ou substâncias como: Cafeína, Álcool, Agonistas do receptor alfa, Agentes colinérgicos, Ciclofosfamida entre outros.
A Clinerp possui uma equipe de urologistas e ginecologistas habilitados no diagnóstico e tratamento da incontinência urinária que estão a disposição dos pacientes e familiares para adicionais esclarecimentos.
Autor: Dr. Ricardo Siciliano Neri, Urologista, CRM 52.660876
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Responsável técnico: Dr. Marcos Antônio Pereira dos Santos, CRM 52.408274